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  • Foto do escritorAnderson Mendes

Comunicação Afetiva: a ferramenta que promoverá uma verdadeira revolução em suas relações Humanas


Acolhimento, Engajamento, Construção e Compartilhamento: você provavelmente já conhece essas palavras. Mas, somadas e aplicadas dentro de uma metodologia de comunicação a favor dos Humanos, elas ganham ainda mais força -formando assim os pilares de sustentação da Comunicação Afetiva.

Já ouviu falar neste termo?

Comunicação Afetiva é uma técnica criada por yo e tem por objetivo promover mediação de conflitos através do bem comum: a comunicação entre humanos a partir da escuta, da transformação de um problema em uma causa comum e da construção de soluções a partir das diferenças. Afinal, o diálogo que promove o acolhimento e o respeito em seus estados mais puros é o que nos faz crescer como sociedade.

Essa metodologia nos permite aprender a respeitar as ideias opostas, as eventuais limitações do outro e fundamentalmente o tempo de cada um. E o melhor, esta é uma mão de via dupla, portanto a contrapartida é que receberemos com mais generosidade a compreensão do outro a respeito das nossas eventuais limitações.

Uma questão importante: quem é que não quer ser visto e tratado com tamanha empatia?

A extraordinária frase ‘não sou contra a guerra, sou a favor da paz’ dita por Madre Teresa faz parte de um dos conceitos base da Comunicação Afetiva, aonde externamos o que verdadeiramente precisamos sem fazer com que a nossa discordância se transforme numa arma. Portanto, dentro deste conceito, o discordar e ter nossos erros e imperfeições expostos aos outros são situações que, muito provavelmente, irão acontecer, e quando isso vier à tona, estará tudo bem, pois iremos acolher, respeitar, engajar, construir e crescer a partir desta generosa experiência de troca.

Já pensou em como seriam as nossas relações se a discordância, de forma geral, não fosse mais vista como uma “arma na mão do outro”, e sim como uma oportunidade de aprendizado e crescimento?

No final das contas, todos nós acabamos por necessitar de ambientes e relações mais pacificas e harmoniosas. Defendemos aqui o acolhimento e afeto para todos. E para chegar lá, que tal aprendermos a dialogar de uma forma mais afetiva?

Pilares de sustentação da Comunicação Afetiva

Acolher significa se interessar genuinamente pelo outro e validar a sua existência e necessidades. O acolhimento exige que estejamos atentos aos humanos que nos cercam e disponíveis para, além de ouvir, escutar o outro.

Não julgar — seja através das palavras (verbal) ou dos gestos, expressões ou microexpressões (não verbal) — e reconhecer no outro a sua dor e a sua essência são partes fundamentais do processo de acolhimento. Acolher exige que deixemos o nosso ego de lado para que possamos afastar o desejo da fala e apenas escutar com todo o nosso ouvido e coração. Esse ato é, sim, desafiador — mas nos ensina muito a lidar com nossas impotências, imperfeições e soluções práticas, pois resolver os problemas alheios em geral é muito mais fácil do que resolver os nossos próprios problemas, não é mesmo Humano?

Esses aprendizados nos levam para a próxima fase da Comunicação Afetiva, o engajamento, aonde ao ouvir a necessidade do outro nos permitimos ser afetados e partir daí inicia-se a criação de uma causa em comum. A palavra afeto que muitas vezes nos transmite algo positivo, já dentro do conceito da Psicologia, significa a possibilidade de afetar e ser afetado (positivo e/ou negativamente), portanto, para engajar precisamos ser impactados para aí sim construir o impacto positivo para o bem em comum. Colocamos em foco o NÓS acima do EU.

Já na terceira fase da Comunicação Afetiva teremos a construção visando a resolução de conflitos, um processo complexo, porém muito satisfatório, pois através de um planejamento tático e operacional conheceremos as ferramentas e os processos que nos trará clareza para tomarmos melhores decisões (em conjunto), menos passivas e mais propositivas, e tudo isso nos faz ser menos intransigentes com o outro e mais generosos com o todo, inclusive com a gente mesmo.

E qual o sentido de construir sem compartilhar? Afinal, de nada adianta passarmos por todo esse processo sozinhos. Nós, humanos, existimos para viver em companhia, em compartilhamento constante. Já entendemos que precisamos do coletivo para que o eu possa brilhar. A Comunicação Afetiva apresenta um caminho do meio para que o compartilhar de nossos sentimentos e vulnerabilidades possam criar pontes para que o todo possa sair mais fortalecido.

Se formos pensar numa analogia, a Comunicação Afetiva seria um jogo de frescobol, aonde o grande barato é o ir e vir da bolinha, o foco é a cooperação — um ajuda o outro que ajuda o um. Dessa forma, ambos ficam engajados em manter a “bolinha no alto”. Neste “jogo” não existe um vencedor e sim VENCEDORES (no plural), diferentemente do jogo do tênis aonde o grande objetivo é superar seu oponente, se possível, somente através do ACE – ponto realizado através de um saque potente.

Comunicação Não-Violenta, Abordagem Centrada na Pessoa e Amor Exigente

Ao meu ver, nossa comunicação não é violenta — e sim extremamente agressiva. Estou generalizando, é claro. Mas não é raro observarmos diálogos que carecem de escuta, respeito e responsabilidade.

O conceito da Comunicação Não-Violenta, ferramenta importante para mediação de conflitos, criada por Marshall Rosenberg na década de 1960, possui uma técnica efetiva através de quatro pilares, são eles: Observação, Sentimento, Necessidades e Pedidos. Estes passos são geralmente aplicados em ambientes rígidos, que estimulam a competitividade, a dominação e a agressividade, por isso a CNV é uma ferramenta mundialmente reconhecida de negociação e comunicação, muito utilizada inclusive em ambientes corporativos.

Assim como a CNV, outra técnica que foi muito importante para a criação da Comunicação Afetiva foi a ACP – abordagem centrada na pessoa, técnica Humanista desenvolvida por Carl Rogers na década de 40, e que agrega por nos ensinar a escuta ativa, total disponibilidade ao outro através da empatia e de perguntas potentes empoderam os humanos, pois assim, eles mesmos encontrarão as respostas dentro de si e arcarão com o bônus e o ônus de suas decisões.

E como complemento para a criação da Comunicação Afetiva, Anderson Mendes também “bebeu na fonte” de uma técnica muito eficiente para a mediação de conflitos familiares chamada Amor Exigente, oriunda de um movimento nascido nos Estados Unidos chamado: Tough Love, que tem por objetivo oferecer amor, um amor que doa, mas que também educa e orienta, que respeita e que também exige respeito.

Portanto, a Comunicação Afetiva que foi construída com base nas três técnicas de mediação de conflito: Comunicação Não-Violenta, Abordagem Centrada na Pessoa e Amor Exigente, teve como foco a melhoria das relações a partir do ambiente digital, onde infelizmente vem se evidenciando cada vez mais as divisões entre Humanos, as chamada Dualidades: o bom versus o ruim, o bonito versus o feio, e tantas outras .

Quando falamos ou pensamos em tecnologia a primeira coisa que geralmente nos vem à mente são: internet, robôs, computadores, etc. No entanto, este conceito se refere a toda e qualquer técnica que tenha se desenvolvido para auxiliar humanos, tornando nossas vidas mais simples. A tecnologia também trouxe sua contribuição para a comunicação, ainda mais quando falamos do universo digital, e as redes sociais são um belíssimo exemplo disso.

Numa era onde somos orientados a nos guiar pela quantidade e não pela qualidade, pois os números fazem parte de um fator super importante, tomar decisões rápidas fazem parte do dia a dia dos humanos do século XXI, porém aqui a tecnologia nos trouxe um grande ônus: a divisão. O ponto é: se eu concordo com um lado, automaticamente preciso discordar do outro, e através das redes sociais, este discordar se tornou um verdadeiro ambiente de guerra, onde a violência se amplifica principalmente por conta do anonimato. Portanto, a Comunicação Afetiva nasceu aprendendo com as técnicas de mediação de conflitos desenvolvidas no século XX, porém atualizadas para o universo digital, onde construirmos e crescermos a partir das nossas diferenças e assim podemos vivenciar experiências surpreendentes a partir da escuta, da troca e do COM PAR TRILHAR visando o bem coletivo.

O objetivo é criarmos ambientes acolhedores e cooperativos, onde o EU e o TÚ possam viver harmonicamente, mesmo vindos de “mundos” tão distintos, onde juntos aprendemos o benefício do complemento.

Comunicação Afetiva na prática

Neste ponto, você já deve ter entendido que a Comunicação Afetiva é o caminho para que nossas imperfeições sejam aceitas e acolhidas. Mas não é só isso, por meio dela obtemos os frutos de nossas construções como ser humano e como sociedade.

Esse processo acontece em quatro atos: a escuta de uma necessidade não atendida (acolhimento), a construção a partir de nossas diferenças tornando-as uma causa em comum (engajamento), desenvolvimento de ações (planejamento tático e operacional), e por fim a tão desejada resolução e a partilha do aprendizado (compartilhamento).

São quatro atos simples, mas desafiadores. Durante o processo há uma constante tentativa de pensar no todo, e não somente em sua necessidade. Dialogar com toda a comunidade ao nosso redor de forma honesta, transparente, vulnerável e visceral — é assim que conseguiremos construir ou reconstruir relações duradouras e projetos que maximizem o “todo”.

Ser humano é processo e não resultado, portanto a Comunicação Afetiva respeita e dialoga com o tempo e as limitações de cada um, objetivando que o coletivo sempre saia fortalecido a partir do acolhimento do EU, porém sempre com responsabilidade.

E para além da prática da reflexão e percepção, precisamos, essencialmente, da ação. Virar a “chavinha” do reativo para o propositivo e pensar em como, juntos, podemos construir conexões mais reais, espaços mais saudáveis e pessoas mais empáticas e afetivas, para que nossa sociedade possa voltar a caminhar de mãos dadas e de sorrisos no rosto.

Através de perguntas potentes, chegaremos às respostas que nos servirão como tijolinhos na construção do NÓS, em sua maior potência. Uma construção que exige paciência e afeto, já que o melhor para mim não necessariamente é o melhor para o outro.

Mas essa compreensão e construção compensa, e sabe o porquê? Porque a soma do EU juntamente com o TU formam o verdadeiro e extraordinário “TÚ GETHER”!

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